Resenha: Tinderela, de R.M Cordeiro
Foi necessário um voo de três horas
em um avião sem televisão para que eu me voltasse para um dos e-books há muito
comprados na Amazon e praticamente esquecidos no aplicativo do Kindle. Meu
escolhido foi “Tinderela”, que tem o sugestivo subtítulo “A procura do amor na
era digital”.
O livro conta as aventuras de
Rafaela, fisioterapeuta, no mundo da paquera virtual. Ela é convencida por uma
amiga a testar o Tinder, aplicativo de paquera e namoro, e isso dá início a uma
divertida série de encontros e, acima de tudo, desencontros amorosos.
É uma crônica interessante e,
sobretudo, despojada da nova dinâmica das relações quando o mundo virtual se
encontra com o real. Bem ao estilo das séries norte-americanas que já fazem
parte do nosso cotidiano, a vida amorosa de Rafaela inclui encontros casuais,
sexo e várias neuras por “detalhes” como acrobacias na cama, beijos molhados
demais e dentes lascados.
É real, mas é duro de ler que “no
segundo encontro, ela não quis arriscar que ele a largasse e aceitou quando ele
a persuadiu com seus beijos”. A insegurança da personagem está em destaque ali,
a torna vulnerável e simpática aos olhos do leitor, mas poderia ter sido mais
bem explorada mais à frente.
Além disso, uma crítica é que,
assim como na maioria das comédias românticas, o final é previsível. Não é bem
um ponto final, mas o último pretendente de Rafaela é fácil de adivinhar no
momento em que ele aparece.
“Tinderela” foi uma boa maneira de
passar o tempo no voo. Não é um livro que vai mudar sua vida, mas garante boas
risadas, e é a prova de que chick lits
podem ser, sim, boas leituras.
O veredicto: 3 minions!
BOM!
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